Varadero foi a parte pacote na viagem para Cuba, fui de avião até Havana e de lá havia transfer para o resort, são 142 km e aproximadamente 2h de viagem. Fui em novembro e segundo Ricardo Freire, não é época boa. Estou acostumada a viajar nas tais épocas ruins porque sou sortuda, sempre faz sol e pego tempo bom. Choveu no primeiro dia, mas nada que atrapalhasse, nos demais dias sol. Hospedei-me no Sol Palmeras com all inclusive, ele é 4 estrelas, mas tem hotel de 5 que não tem praia. Avalie porque tem opções com ou sem praia, com ou sem all inclusive e em alguns você precisa caminhar para chegar até a praia (pesquise no TripAdvisor, as opções incluem casas de cubanos). Meu quarto era numa localização estratégica, a varanda saia na piscina e o corredor terminava na praia. Acordava cedo e sempre pegava a primeira fileira de quiosques, se quiser garantir um é bom fazer isso. O complexo conta com bangalôs, restaurantes diversos, trem, bicicletas, motos, hidromassagem e claro piscinas. Próximo tem o centro de convenções Plaza America com direito a supermercado (o maior que vi na ilha) pode pedalar, caminhar ou pegar o trem até lá. As bicicletas são uma emoção porque são velhas e o freio é no pedal. Nos jardins há muitos lagartinhos com a cauda enrolada e uma galinha, lembrei-me de Cidade de Deus.
Imagem do site. |
Lembre-se de conferir os horários das refeições e a localização dos restaurantes e bares, existe um período sem refeições, mas se for ao bar há croissants. Há um restaurante esquema self service, onde são servidas todas as refeições, os demais restaurantes precisam de reserva para o jantar, detalhe com dois dias de antecedência, mas falando com o guest service é possível conseguir um horário. Jantei no steak, no de frutos do mar, no chinês e acabei perdendo o mexicano. Definitivamente o chinês é o melhor, ele fica mais afastado na parte dos bangalôs, mas vale a caminhada caso perca o trem. No almoço, os restaurantes oferecem algumas opções como frango, hambúrguer e peixe, mas na praia é possível comer uma paella com salada. Lindo o por do sol na praia e ela também é bonita de noite. À noite há teatros e balada, mas a balada estava devagar. Muitos drinks com rum e eu fiquei na piña colada.
A praia é cheia de conchas de diversos tamanhos, enchi meu pote de conchas de viagens com o que trouxe de lá (mas traga apenas o que estiver na areia). Há diversos coqueiros, mas não tem água de coco, se quiser peça para um funcionário do jardim e com uma gorjetinha ele providencia. Há uma barraquinha de sorvetes com uma moça muito simpática, a Madelin, que fala português (aprendeu em videoaulas). Durante o dia acontecem atividades tanto para crianças, quanto para adultos, consulte o painel do hotel. Os cubanos não ganham bem, muitos abandonam suas profissões para trabalhar com o turismo porque é um modo de ganhar mais e por isso eles apreciam gorjetas e doações de roupas, sapatos, cosméticos... Você sobrevive bem com o inglês por lá. Como fiquei no resort, não fiz nenhum passeio extra, até porque fui para descansar e pegar uma praia. Experimente a massagem!
Mapa do site. |
Você pode passear pela cidade nos ônibus double deck, há duas opções de empresa, ou de moto ou de táxi. Tem o bar dos Beatles, Parque Josone, muito artesanato, se for comprar algo que eles desmontam e embrulham, preste atenção em todas as peças. Lá pelo meio da avenida existe um mapa da cidade e para quem não tem all inclusive há diversas opções para comer, tem até fondue! Eu queria ter conhecido a casa do Al Capone, que hoje é o restaurante Al e a Mansão Xanadu, que foi do francês Dupont e hoje é o restaurante Las Americas, mas os horários de ônibus são meio atrapalhados e não deu tempo.
Ônibus double deck, Havana Club e táxis. |
Varadero contrasta com a realidade de Cuba, é um balneário turístico; não é frequentado só por estrangeiros, mas os cubanos costumam frequentar outras opções de hospedagem e restaurantes, que não os badalados. Varadero não é só praia, tem campo de golfe, delfinário, parques diversos como o Todo en Uno para crianças, shopping, salto de paraquedas, esporte aquático, mergulho, mansões, artesanato e sua vida noturna é muita intensa com bares e danceterias. É possíve visitar Matanza, Cárdenas, o Parque Nacional da Península de Zapata e a reserva natural Punta Hicacos.
The Beatles e Parque Josone. |
A partir de Varadero estava por conta, peguei um táxi até a rodoviária e de lá um ônibus até Havana. Até considerei pegar uma carona com o transfer, mas além de ser meio duvidoso se haveria vaga, queria ter a experiência do ônibus. A passagem foi comprada no Brasil pelo site da empresa Viazul, um dos modos que os turistas costumam utilizar para se locomover pela ilha. Os ônibus não têm muitos cubanos por conta do valor e são novos, especialmente considerando o padrão cubano. Eles ficam gelados, deixe um casaco à mão e é melhor levar snacks, principalmente em viagens longas.
Dicas extras: Utilizei esta agência. Recomendo o modelo de Havaianas da foto (com tira mais curta) porque não deixa marca e se ficar é bem mais sutil. Procure levar uma câmera à prova d'água ou pelo menos leve uma proteção porque acidentes acontecem. Confira o post sobre essas câmeras. Se puder visite algum Cayo, que são as ilhas por lá, eu não tive tempo. Confira dicas importantes sobre Cuba, onde comer e o que fazer em Havana.
Bon voyage!