Egito: ficha técnica

Para ir ao Egito é necessário visto e vacina de febre amarela. O visto pode ser feito no aeroporto ou via embaixada. O meu paguei na hora e eu mesma colei, era só um adesivo. No segundo caso, ele pode ser de entrada única ou múltiplas, verifique maiores informações neste link. 

Não há voos diretos, você pode fazer conexões na Europa ou nos Emirdos Árabes Unidos, além do Cairo há voos para Alexandria e Sharm el-Sheik. O câmbio pode ser feito nos hotéis e no aeroporto, cuidado com o uso de cartões de crédito. Fique atento às cédulas de centavos, os piasters, as libras são chamadas pounds; todas têm apenas uma face em inglês. Gorjeta faz parte da cultura egípcia.

Viajar para os destinos mais procurados como Cairo, Luxor, Aswan, Alexandria e resorts do Mar Vermelho é seguro, a preocupação costumam ser ataques terroristas, que são raros, e as manifestações populares. Enquanto estive lá, teve uma bomba no mercado do Cairo, mas me senti segura a viagem toda, fui antes dessa onda de manifestações. Nessa hora ir com pacote faz toda a diferença, porque sair numa aventura mochileira por lá não é muito recomendável. Eu vi um hostel em Aswan, entrei e tive medo, lembrei do filme do exorcista que se passa na África.

A melhor época para ir é entre novembro e março, no inverno. A voltagem é 220, leve adaptadores universais, repelente, protetor e remédios para estômago (ninguém precisou). O país é, digamos, empoeirado, por conta da areia. Por lá também tem puxadinho e laje e nela os egípcios criam animais e constroem fornos. Aqui vou fazer uma observação, acho engraçado quando as pessoas vão viajar e voltam falando cobras e lagartos do lugar. Muita coisa é cultural, saia da sua cidade, do seu estado ou da sua região e observe as diferenças. Pesquise antes, quem está na chuva é para se molhar. Algumas coisas você vai gostar, outras não, mas é o modo de olhar: abra-se para o novo, respeite e procure absorver a cultura e os hábitos do local. Já imaginou o contrário, um gringo vindo para cá e estranhando as coisas?

O trânsito é caótico, pude ver no dia em que passei tentando comprar algo, nem pense em alugar um carro. Os transportes costumam atrasar, os trens são mais pontuais e neles há homens armados para proteção. Quando se vai ao deserto, a saída é feita em comboio e escoltada pela polícia. Vai ver muitas sinalizações à Meca e ouvir os sinos que indicam a hora de rezar dos muçulmanos. Na última noite, o pessoal queria sair, se me recordo bem, o guia deu algumas sugestões e disse que não era seguro sairmos sozinho, sempre bom ter um guia para informações, os guias das operadoras costumam ser egiptólogos.  

É possível ver os pães sírios sendo assados até em hotéis e lindas bancas de temperos e de frutas e vegetais nos mercados. Do café da manhã não posso falar muito, a maioria das vezes era levado em caixas porque saíamos muito cedo, tomei café normalmente poucas vezes, uma no hotel do Cairo e outra no trem. Adorei a comida, eles comem arroz, lentilha, carne ou frutos do mar e verdura, tem falafel e outras delícias. A comida é leve e fresca, tem influência de culinárias diversas como árabe, otomana e grega, devido às rotas comerciais e ocupações políticas. No geral, achei muito parecida com a comida que comemos por aqui, ao menos com a minha alimentação. Os egípcios tomam muito chá, o karkadeh feito de flor de hibiscus é muito tradicional, você verá por toda parte, eu adorava!  Além do chá, tem deliciosos sucos de fruta, cervejas Sakara e Stella e vinho. Por lá é comum comer no chão, tradicionalmente a comida é servida em vasilhas numa bandeja e não utilizam pratos, apenas colheres e as mãos. 

Para quem não abre mão de um fast food tem Mc Donald´s, Pizza Hut, KFC e Hardee's por lá. As redes estão perto de hotéis e alguns locais turísticos, especialmente o KFC e a Pizza Hut, do outro lado da rua da Esfinge e das Pirâmides de Gizé lá estão eles. Não posso fazer recomendações sobre onde comer, porque devido ao pacote muita coisa foi já estava estabelecida. Pude escolher apenas três vezes onde comer, fui no Mc e na Pizza Hut porque não há muito tempo e era próximo ao hotel, eu queria ter provado o fast food egípcio, mas só passei perto uma vez. Fui a um restaurante de frutos do mar, a comida era boa e farta, mas faltou tempo. 

Nos locais turísticos há muita venda e oferta de mercadoria, aprenda palavrinhas mágicas "lá" que é não e shokran, obrigada. Se quiser comprar algo consulte seu guia, eu queria joias e ele providenciou um vendedor que nos trouxe a mercadoria. Eu escolhi e posteriormente entregaram as peças com meu nome em hieroglifos nos cartuches. Comprei duas pulseiras e pingentes e fiquei realmente curiosa sobre como eles fazem as coisas. Não vi muito de joalheria por lá, apenas em Luxor vi algumas lojas, mas não há muito tempo livre, gostaria de ter trazido pedras. Por lá costuma-se comprar papiros (cuidado com falsificações), perfumes, que são feitos somente de óleo e oferecem fragrâncias de quase qualquer perfume famoso e narguiles. Trouxe um lindo álbum de fotos feito em couro, além de lenços (tem de seda também) e uma pashmina, uma toalha e uma canga. Confira algumas recomendações sobre o Egito, detalhes sobre o pacote, as considerações finais e bon voyage!